Com origem Tupi Guarani, Itapevi, que significa pedra chata e lisa (Ita, "pedra", e pevi , "chata e lisa"), surgiu como um bairro da cidade de Cotia por volta de 1850, com a chegada dos primeiros moradores - a família Abreu.
Em 1875, o Imperador Dom Pedro II inaugura o que viria a ser um marco na história da cidade: a estação de trem de Cotia, em local que à época tinha apenas um rancho com cobertura de sapê.
Já no século XX, por volta de 1910, os Abreu passaram a fazer vizinhança com outras famílias que ganhariam notoriedade na história da cidade, como Roncagli, os Michelotti, os Chiamilera, os Belli, os Chaluppe e os Correia e os Nunes.
Um deles, Joaquim Nunes Filho, que ficaria conhecido pelo apelido Nho Quim, tornaria-se um dos grandes entusiastas da emancipação de Itapevi. Seus primeiros esforços resultaram na elevação do bairro a distrito de Cotia, em 12 de outubro de 1920.
Ao mesmo tempo, a estação de trem, referência do bairro, continuava com o nome da cidade de Cotia, dificultando a criação de uma identidade própria para os itapevienses. Além disso, a situação confundia os serviços postais, que tinham dificuldades em enviar correspondências para os endereços no bairro de Itapevi.
Em 1940, chega ao bairro de Itapevi o empresário Carlos de Castro. Ele adquire de Joaquim Nunes um grande área de terra, dando origem ao loteamento dos bairros Parque Suburbano e Jardim Bela Vista, o que acelera o desenvolvimento local.
Carlos de Castro conseguiu, em 1945, que o então ministro Cardoso João Alberto alterasse o nome da estação de trem de Cotia para Itapevi. O episódio foi motivo de grande festa para todos os habitantes do bairro - e fomentou o espírito emancipacionista da população.
Pouco depois, iniciou-se um movimento pela autonomia do distrito de Itapevi. Com participação popular maciça, a iniciativa foi idealizada por homens como o próprio Carlos de Castro, Américo Christianini, Cezário de Abreu, Bonifácio de Abreu, Rubens Caramez, Raul Leonardo e José dos Santos Novaes, dentre tatos tantos outros.
Veio então o ano de 1958 quando, depois de muita pressão popular, um plebiscito seria realizado para decidir sobre a elevação do distrito à categoria de município, com poderes próprios.
A emancipação definitiva era questão de tempo.
No dia da votação, cerca de 900 pessoas optaram pela emancipação, contra apenas 30 que não desejavam a autonomia. Naquele mesmo ano, foi promulgada a lei que criaria, em 18 de Fevereiro de 1959, o município de Itapevi, que teve Rubens Caramez como seu primeiro prefeito.
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